[PT] RiME - Review
História85%
Gameplay90%
Gráficos90%
Música e Soms90%
O bom:
  • Excelente apresentação.
  •  Finalmente temos esse gênero em nossa plataforma.
  •  Experiência satisfatória do início ao fim.
O ruim:
  • Grandes problemas de otimização.
  • Curta duração para os padrões de hoje.
  • Algumas inconsistências nas animações.
90%Nota Final
Puntuación de los lectores: (1 Voto)
100%

O incansável estúdio espanhol Tequila Works, que já nos deslumbrou com o excelente Deadlight e o aclamado The Sexy Brutale, vem prometendo há alguns anos uma aventura épica misteriosa, apresentando trailers minimalistas que fizeram elevar o nível de expectativa, mas sem saber para onde, enchendo o público de especulações que normalmente não terminam com bons resultados.

É que a apresentação de RiME é apenas puramente minimalista, e revelar muito em trailers é dar spoilers do enredo do jogo, cuja experiência é praticamente baseado nas reviravoltas inesperadas e surpresas em um mundo cheio de segredos, desdobrando-se à medida que avançamos como resultado de cada ação.

Para fazer referência devemos mencionar que estamos diante de uma influência intensa de Fumito Ueda e sua eterna trilogia Ico, sendo observado desde o primeiro minuto alguns traços de Ico com a modernidade de The Last Guardian.

Encarnamos Enu, um rapaz preso em uma ilha que nos convida à exploração e imediatamente nos faz entender que a solução para cada obstáculo está por trás de uma sequência de quebra-cabeças que vão elevando sua complexidade à medida que avançamos. A magia é parte fundamental deste mundo desolado e estaremos aprendendo a sua linguagem para entender qual caminho tomar para aproveitar as diferentes mecânicas do jogo.

Mal chegamos e já começamos a receber diferentes sugestões que nos servirão de linguagem para entender as mecânicas. Uma cor específica nos permite ativar diferentes mecanismos; um animal pode ser atraído com uma fruta; Usaremos sombras de diferentes tons para abrir novas passagens; e muitas outras coisas. O mais atraente de tudo é que RiME não gasta uma única palavra para ser explicado, e ainda assim é compreendido, tornando-se uma experiência intuitiva e dinâmica, sem incômodos.

Enu pode correr, subir, empurrar e gritar a certos objetos para ativá-los ou produzir efeitos diferentes, mas a experiência real está na complexidade dos ambientes e a falta de sinais explícitos. É um jogo que propõe tanto a exploração de seus recantos como a nossa perspicácia, para manter o fluxo de movimento e avançar na história.

Talvez sua insistência em replicar o estilo de Ueda e agarrar-se ao subgênero de plataformas cinemáticas desta vez em 3 dimensões, o caminho fica muito linear em comparação a vastidão dos ambientes que apresenta, mas isso não significa que não vamos disfrutar, e o jogo premia o jogador a todo o momento com reviravoltas e momentos realmente únicos.

Além de oferecer a oportunidade de experimentar algo perto de The Last Guardian na nossa plataforma, RiME se vê moderno com um grande nível de design de fazes e uma estética admirável. Talvez tenha alguns problemas de reação e transição de animações em alguns lugares, revelando sua natureza indie em certos momentos, mas isso não se interpõe na boa experiência em nenhum momento. A Iluminação, ambientes e o excelente uso de efeitos de partículas faz tudo se deslumbrar ao longo da aventura, multiplicando exponencialmente o desejo de continuar a jogar e progredir neste mundo extremamente atraente.

O uso da Unreal Engine 4 para dar forma e cor para todos esses lugares é muito inteligente e detalhado, mas como na maioria dos jogos construídos sobre esta engine, sofre de alguns problemas importantes de desempenho. Humilde e como é visto, em alguns cenários é impossível alcançar 60fps constantes em 4K com uma GTX1080 Ti com filtro FXAA ou TXAA. Como a maioria dos jogos com UE4, RiME não tem suporte para configurações multi GPU e, tratando-se de um estúdio indie, é pouco provável que a Tequila Works vá implementá-lo.

Mesmo em resolução de 1080p com uma GTX 1050 Ti e um Core i5 3570, sofre grandes arrastes em ambientes amplos, mesmo optando por um antialiasing mais leve como FXAA e resolução de texturas de qualidade média. Isto não é, nem será a primeira e última vez que temos problemas de desempenho em um título desenvolvido com o «glorioso e popular» Unreal Engine 4 que tantos jogos parecem usar, mas nenhum desenvolvedor parece segurar sua mão quando se trata de otimização.

A seção de som de Rime mantém o mesmo nível de minimalismo como em seu visual, apresentando Enu com sons onomatopaicos para se comunicar com outros personagens, bem como para resolver determinados quebra-cabeças. O que mais de destaca é sem dúvida a excelente trilha sonora que nos acompanha com uma composição musical extraordinária do início ao fim, semelhante ao que estamos acostumados com Disney em seus filmes de animação.

Voltando às comparações com jogos de Team Ico, talvez Rime é a experiência mais curta de todas, chegando a uma média de 5 horas de jogo (dependendo da nossa capacidade de resolver quebra-cabeças) que contrastam com as 6 de Ico e as 12 de The Last Guardian, mas graças ao seu preço reduzido de U$ 30, o nível de produção e experiência gratificante, é praticamente a melhor relação entre preço e qualidade que pode ser alcançada. Por suposto, o grande número de itens colecionáveis fará que nossa experiência possa estender-se por uma ou mesmo duas horas a mais.

De qualquer forma, jogos como este não aparecem todo dia, e realmente vale a pena cada momento. Não é repetitivo, não demoramos muito em avançar e somos recompensados em cada quebra-cabeça resolvido, em cada vitória.

Esta avaliação foi realizada com uma cópia de varejo fornecida pela Grey Works/Tequila Works.

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