A saga «Tales of» continua a adicionar títulos à sua dinastia com a chegada de Tales of Berseria, o mais recente de todos, que em realidade funciona como uma prequel de Zestiria, incorporando personagens conhecidos e expandindo ainda mais, de forma direta, a história que nos deixou o jogo anterior. Um dos aspectos mais importantes desta sequência, e que difere substancialmente das outras, é que pela primeira vez na série temos um personagem principal feminino. Esta não é a única diferença notável, já que a história apresentada em Tales de Berseria se distância bastante do que experimentamos nos demais capítulos da saga. Neste caso, o objetivo da personagem principal Velvet Crowe é a vingança, tornando-se a catalisadora para uma história mais escura do que a anterior. Velvet Crowe é uma jovem de 16 anos que vive na cidade de Aball com seu irmão, Laphicet, e seu cunhado Artorius Collbrande. A esposa de Artorius e irmã de Velvet morreu há vários anos durante um fenômeno natural chamado de «The Scarlet Night», um evento estranho que transforma as pessoas em demônios sanguinários. O enredo do jogo é acionado quando «The Scarlet Night» ressurge, e as pessoas de Aball voltam a se transformar em criaturas violentas. Nestas circunstâncias, Velvet decide encontrar seu irmão e cunhado para colocar-se em guarda, mas uma série de acontecimentos fatídicos marca a vida da menina. Traído por seu cunhado, tendo perdido seu irmão mais novo e tendo se transformada em um Daemon, a vida de Velvet mergulha na escuridão. Uma vez avançado na introdução do conflito, retoma os acontecimentos três anos depois. Uma Velvet mais adulta e endurecida por anos de tragédia começa sua jornada de vingança. Agora dona de novos poderes surgidos após os eventos da The Scarlet Night, Velvet decide vingar-se dos responsáveis pela tragédia. No decorrer da aventura, Velvet encontrará vários companheiros que vão ajuda-la a cobrar vingança. O mais notável é que a grande maioria deles não tem o mesmo objetivo que Velvet, mas alinham-se com a dela. Pode-se dizer que é um grupo bastante irregular, composto por Daemons, Malaks e Humanos. O sistema de combate continua a usar como base o Liner Motion Battle System (LMBS) que está presente em todos os «Tales of», porém Berseria apresenta algumas diferenças fundamentais na forma do sistema «Liberation-LMBS». Semelhante ao “Fusionic Chain Linear Motion Battle System (FC-LMBS)” de Tales of Zestiria, o novo sistema aplicado em Tales of Berseria é que os personagens têm a habilidade de entrar em um estado chamado de Break Soul, que permite exceder o limite de combos e fornece uma capacidade única para cada personagem. Por exemplo, o Break Soul de Velvet lhe permite desatar o seu braço de Daemon e proporcionar dano elemental dependendo do tipo de inimigo que estamos enfrentando. O modo Break Souls só está disponível para os nossos personagens se eles tiverem pelo menos três Souls, e gastarão uma delas cada vez que você entrar nesse estado. Estas Souls são os elementos que nos permitem usar as diferentes habilidades e ataques mágicos durante o combate. Entrando em detalhes, cada vez que começamos um combate teremos entre uma e cinco Souls à nossa disposição, que nos permitirão realizar os diferentes ataques e habilidades de luta. Quanto mais Soul tiver, mais combos poderemos fazer. Para conseguir estas Souls teremos que derrotar nossos inimigos ou atordoa-los. Como uma forma de equilíbrio, se nossos personagens acumulam muitas Souls, eles entram em transe através do qual vão perder a capacidade de ataque, e também ficar completamente indefesos, assim o sistema de jogo nos convida a não ser conservadores e passar sempre ao ataque. Os demais sistemas não variam muito em relação ao Tales of Zestiria, mas há pequenas variações que tornam o jogo mais acessível e divertido. O exemplo mais claro sobre estas mudanças é a adição do hovercraft que pode ser usado para se mover mais rapidamente pelo mapa, mesmo que este veículo só esteja disponível apenas depois de várias horas de jogo. O sistema de melhorias de armas e armaduras também foi modificado para torná-lo mais acessível e fácil de usar. Agora, todas as armas e armaduras tem uma habilidade passiva que podemos desbloquear ao compenetrar-nos com elas. Uma vez que obtemos a habilidade, sempre estará ativa, e se tiver que usar uma arma/armadura que tem a mesma habilidade, será melhorada em dobro. Esta melhoria e outros contribuem para fazer o jogo algo mais simples de entender e mais amigável para iniciantes na franquia, o que é um ponto positivo se considerarmos a existência de sistemas muito complexos ou obtusos em capítulos anteriores. No que diz respeito aos gráficos, o cell shading, como sempre, faz maravilhas com os personagens estilo anime, permitindo que se vejam detalhados e cheios de vida, o mesmo não acontece com o ambiente, uma vez que estas texturas têm baixa qualidade e não fazem justiça ao resto da seção gráfica. Outra desvantagem, do ponto de vista visual, é o reaproveitamento de inimigos ou cenários de Tales of Zestiria. Isso faz com que muitas das masmorras e rivais sejam idênticas ou muito semelhantes entre si. Um aspecto onde Tales of Berseria melhorou é em relação ao framerate, que funciona maravilhosamente a 60 quadros por segundo. O trabalho de sons e trilha sonora é a melhor oferta, juntamente com a sua jogabilidade. As vozes na língua original (japonês) são excelentes, e as vozes inglesas não são ruins, pois incluem em seu elenco a vários atores de dublagem americanos, conhecidos por seus trabalhos em animes ou outros jogos da cultura japonesa. A banda musical de Tales of Berseria é ótima, apresentando outro excelente trabalho de Motoi Sakuraba, veterano da saga que nos tem acostumado a grandes composições. Tales of Berseria peca, como tantos outros jogos, em relação à reutilização de assets, no entanto, a história e os personagens ofuscam esse problema, deixando-o algo insignificante, mais fácil de ignorar para nos manter entretido por mais de 40 horas com uma história completamente fora do convencional para os padrões japoneses, e como se isso não fosse pouco, sendo um prelúdio, explica muitas coisas interessantes que acontecem em Tales of Zestiria. Tales of Berseria, de certa forma, é apresentado como o espelho escuro de Tales of Zestiria. Ambos os jogos são dois lados da mesma moeda. Por um lado narra uma história de luz e esperança, enquanto que no outro lado prevalece a vingança e desespero. Ao estar ambas as histórias intimamente ligadas, Tales of Berseria é um jogo obrigatório para os fãs da saga «Tales of», especialmente em seus últimos capítulos. Este análise foi realizado com uma cópia impressa fornecida pela Bandai Namco. [PT] Tales of Berseria - ReviewHistória 95%Jogabilidade 80%Gráficos70%Música e Sons90%O Bom r história de todos os "Tales of"Os personagens e suas histórias.Impecável atuação de vozes tanto em Inglés como em japonêsO ruim:A reutilização de assetsBaixa qualidade das texturas dos cenáriosComeço do jogo um pouco lento2017-03-1393%Nota FinalPuntuación de los lectores: (0 Voto)0%Comparte esto:Haz clic para compartir en Facebook (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en X (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en WhatsApp (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en Threads (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en Telegram (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en LinkedIn (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en Reddit (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para compartir en Pocket (Se abre en una ventana nueva)Haz clic para enviar un enlace por correo electrónico a un amigo (Se abre en una ventana nueva) Dejar una respuestaCancelar respuesta